quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Classificação cromática c.walkeriana

A Classificação cromática e arquétipos são baseados em variedades conhecidas que estão sendo atualmente cultivada por muitos Orquidólifos de todo mundo .
Além de utilizar nomes de cultivar, esta classificação deve revelar-se útil para cultivadores e colecionadores na identificação correta das suas variedades de Cattleya walkeriana.
Variação cromática de C.walkeriana
Alba:
Sépalas, pétalas e labelo (inclusive a coluna) branco puro, podendo apresentar, entretanto, uma coloração creme amarelado ao longo dos sulcos do labelo sob a coluna. Suave:
Este agrupamento é o mais complexo e com grande variação de nuances de tom e cor, as flores apresentam sépalas e pétalas com um sopro róseo de intensidade variada, a coloração do labelo também influencia muito nas subcategorias: Suave -
coloração rósea claro nas pétalas e sépalas, o labelo varia de intensidade de lilás claro até rubro.
Suavíssima -
Sépalas e pétalas com leve coloração rósea. labelo róseo suave ou branco. albescente - Sépalas e pétalas brancas, um sopro róseo quase imperceptível, labelo todo branco com um sopro róseo bem suave.
Semi - alba:
Sépalas e pétalas com branco puro e labelo colorido, geralmente muito rosa. Caerulea:
Sépalas e pétalas apresentando coloração azulada, de intensidade e tonalidade variáveis, que determinam os seguintes grupos: Caerulea -
Sépalas e pétalas apresentam coloração azulada de intensidade variável e labelo apresentando coloração mais intensa.
Caerulescente -
sépalas, pétalas e labelo com coloração azulada claro de intensidade próximas, quase concolor.
Lilás:
Reúne todas a s flores de tonalidade lilás variando as intensidades que determinam os grupos a seguir: Lilás Tipo -
sépalas e pétalas de coloração lilás e a coloração padrão desta espécie. Rosada - Sépalas e pétalas de coloração lilás claro, chegando a rosada.
Rubra -
Sépalas e pétalas de coloração homogênea lilás bem intenso, com labelo bem escuro chegando a rubro.
Lilacínea:
Sépalas e pétalas apresentando coloração intermediaria entre o azulado e o lilás de intensidade variável, o labelo é da mesma cor. Vinicolor:
Sépalas e pétalas de coloração avermelhada com tonalidade vinho tinto, labelo apresenta a mesma tonalidade de cor. Flâmeas:
Sépalas e pétalas apresentam coloração lilás, as pétalas mostram sulcos longitudinais com colorido mais intenso próximo ao ápice.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

walkeriana var. alba “Pendentive” AM/AOS

Por YÜKI SUZUKI Na revista JOGA, da Japan Orchids Grower Association, vol. 4 outono-verão de 2003 ,Yüki Suzuki relata suas experiencias em cruzamentos da C. walkeriana var. alba “Pendentive “e também de outras C. walkeriana albas que foram disponibilizadas nos Estados Unidos nestes últimos trinta anos. Segundo o artigo, os resultados obtidos levaram o autor a questionar a autenticidade daquelas plantas como indivíduos puros da espécie Cattleya walkeriana. Ao nosso ver; este artigo representa uma positiva contribuição para o tema, sobre o qual, muito se ouve, mas que carece de uma análise melhor fundamentada que nos possibilite conclusões mais objetivas. Por esta razão, esperamos que o trabalho de Yüki Suzuki sirva de exemplo para que outras contribuições venham a ser apresentadas ao mundo orquidójilo e orquidólogo. Mark Reeves, em 1980, esteve na cidade de Mishima no Japão durante o Festival de Verão, ocasião em que conheceu Yüki Suzuki e lhe fez nua visita. Reeves, um cultivador de orquídeas, era, então, um jovem americano, que residia em Miami, Florida e, naquela época, era Presidente da South Florida Orchid Socicty (SF05). Atualmente Padre, Mark Reeves, um católico devoto, não mais cultiva orquídeas e trabalha no Vaticano. Deixou ao mundo orquidófilo uma importante contribuição que é a C. walkeriana var. alba Pendentive”. Na época em que visitou Yüki Suzuki, cultivava a “Pendentive” na corticeira e vendia suas mudas para colecionadores e orquidários, o que lhe permitia realizar as viagens intemacionais. Em 1977, aplanta obteve 85 pontos e premiaçãoAM (Arward of Merit) naAmerican Orchid Society (AOS) . Hoje existem muitos mencIones e cortes da planta original, espalhados pelo mundo todo. A origem desta planta vem sendo muito discutida, assim como sua autenticidade como verdadeira C. walkeriana. Pode se tratar de um híbrido natural ou artificial, feito de maneira proposital ou por engano, e, por apresentar características diferentes, tem sido esta a razão das suspeitas levantadas. Yüki recebcu esta planta de Reeves na década de 70. Ao florir, Yüki percebeu que ela era diferente da C. walkeriana. Naquela época,já era conhecida, no Japão, a C. dolosa. Comparando sua flor, estreitinha, com aflor da ”Pendentive”, era nítidaa diferente e, natural ou não, era uma flor muito bonita. Mark Reeves adquiriu a C. walkeriana alba “Pendcntive” na década de 70, da firma de FredA. Stewart, estabelecida em San Gabriel, Califónia, nos Estados Unidos. Naquela época, Stewart fez muitos cruzamentos, siblings de C. walkeriana e vendia os seedlings deles provenicntcs C. walkeriana “Pendentive” Em abril de 1977, na exposição da AOS, os juizes duvidaram da autenticidade da C. Dolosa e da “Pendentive”. Houve grande discussão em tomo do assunto, achando os juizes que a “Pendentive” seria uma C. Dolosa. Mesmo na dúvida, a planta obteve 85 pontos c classificação AM/AOS. A Califómia apresenta ótimas condições climáticas para cultivo dcc. walkeriana. Mesmo assim, as plantas da variedade alba apresentam menor resistência e, portanto, maior dificuldade de cultivo, que exige, por isto, matrizes selecionadas. Em 1974, o cultivar denominado “Perfect Charm” foi premiado. Já em 1978, outro cultivar, denominado “Diamond Bright” foi também premiado. Todos eles chamavam muita atenção, por representar sucesso na seleção das matrizes, oriundas da Stewart, procedentes de uma única matriz, “Orchidglad”, após sucessivas gerações. As flores albas deixavam doidos os orquidófilos. Os cultivares “Perfect Charm” e “Diamond Bright” são seedlings oriundos do mesmo cruzamento. Em visita que fez ao orquidário Stewart, em 1980, Yüki se lembra que havia bastante mudas de C. walkerianavar. alba. Em 1965 foi feita uma autofecundação do cultivar “Orchidglade”, o qual Yüki acredita que seja um híbrido natural. Depois disto, outros cruzamentos entre plantas irmãs foram feitos, donde resultou a “Pendentive”. Há quem afirme que a “Pendentive” é uma planta natural, mas Yüki Suzuki acredita tratar-sede planta que foi produzidapor Stewart. A”Orchidglade”foi premiadaem l960 pela AmericanOrchid Society AOS.Yüki é de opinião que toda sua descendências da híbrida. No início da década de 1990, Jonny & ScuIly, estabelecido em Miami, na Flórida e considerado o maior orquidário comercial do mundo, encerrou suas atividades. A famosa C. walkeriana var. alba “Orchidglade” era considerada seu principal produto. Muitos queriam obter informaçoes sobre as duas gerações anteriores da “Pendentive”, ou seja, da “Orchidglade”. Robert Scully Junior, que atualmente reside em Saragossa, foi visitado por Yüki, que,conversando com ele, por acaso falou sobre a “Orchidglade” e as dúvidas que pairavam sobre ela, Ele informou que dela havia sido feita autofecundação, do que resultaram poucos seedlings nos frascos do laboratório. Haviamuitos interessados em adquiri-los. Stewart comprou de Jonny & Scully apenas dois frascos. O catálogo da firma Jonny & Scully mais parecia um dicionário, tantas eram as plantas, Porém a C. walkeriana “Orchidglade” não figurava ali. Em 1970, cada muda era vendida a 150 dólares americanos. Porém, na época em que Stewart comprou, era muito mais caro. Yuki duvida do preço, o qual, no seu entender, deve ter sido muito maior, na época. Anualmente, os seedlings eram exportados para o Japão, onde havia bastante mudas para venda. Uma delas, denominada de “Yüki San”, obteve prêmio AM-AJOS, no Japão. Esta planta porém já morreu. Atualmente poucas plantas ainda estão disponíveis no Japão. Sobre a “Orchidglade” O primeiro a possuir a “Orchidglade” foi o Sr. Robert M. Scully, que conhecia um brasileiro,por nome Ely Uores, um vendedor de orquídeas e que, se ainda vivo, teria mais de 100 anos. Teria c. walkeriana “Orchidglade” ele quem lhe vendeu a primeira geração de “Orchidglade”. Yuki diz não saber muito sobre Ely. Apenas que seria uma pessoa suspeita, que afiemava ter coletado a planta no habitat natural. Yüki tem informações de que no Brasil ele seria considerado um mau caráter (bad gay). Correm rumores de que esta planta teria sido roubada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o que YÜki acha procedente, uma vez que não há nenhum registro sobre ela. Ele, porém, não duvida que a “Orchidglade” foi coletada, há muito tempo, em seu habitat natural. Ela apresenta as características de uma C. wallceriana pura, razão pela qual obteve classificação FCC da AOS. A”Pendentive” é segunda geração da “Orchidglade”. Yüki acha que a “Orchidglade” é um híbrido que, ao longo de várias gerações, passou por várias misturas. Por exemplo, se procedente de região do Brasil, onde também ocorre a C. loddigesii, pode ter resultado de um híbrido natural, cruzado posterionnente, várias vezes, com a C. walkeriana e, depois, com a C. loddigesii, predominando as características da C. walkeriana. Este processo pode ter ocorrido, por hipótese, durante milhões de anos, após o que pode ter sido encontrada por alguém, que, chando ser uma C. walkeriana pura, pode tê-la vendido e ganho muito dinheiro. Até mesmo para cientistas é dificil de se ter confirmação dessa hipótese. Na ilha de Kyucho, sul do Japão e no arquipélago aparecem alguns híbridos naturais. Na Tailândia o mesmo ocorre com os Paphios. Isto representa bons exemplos do fenômeno analisado. Também no Brasil aconteceram estes problemas com a C. walkeriana. Yüki informa que a Faculdade de Agricultura de Gifu procedeu a estudos de laboratório muito interessantes sobre o DNA da Cattleya, nos quais se observou muita proximidade entre os grupos das C. walkeriana tipo, coerulea e semi- alba.. Somente as albas como “Pendentive”, “Perfect Charm” e “Orchidglade” se situaram em outro grupo, distinto do primeiro e se mostraram mais próximos da “Angel Walker” ou da “Obreiniana”. O resultado a que se chegou, sugere que a pendentive” é da mesma raça da “Orchidglade”, terceira geração e Yüki acha que daria para se confirmar isto. Lamenta que não se disponha mais do cultivar “Orchidglade”original para se fazerem testes. A “Orchidglade” e a “Pendentive” podem, mesmo, ser híbridos. Não há como negar que não sejam misturados com outra espécie. Yüki lamenta não ter conhecimento profundo dos estudos feitos pela citada Faculdade, o que poderia esclarecer um pouco da origem da C. walkeriana “Orchidglade”. E grande o interesse pela Pendentive”, baseado na qualidade de sua flor. Na finna Jonny & SculIy os primeiros cruzamentos da “Orchidglade” constam em seu catálogo com o Número 1550: C. “Angel Walker”, C. “Little Angel” e C. “June Delight”. A”Orchidglade” apresenta flores com a largura das flores da C. loddigesii. Yüki conclui que isto explica sua maior proximidade ao grupo. Na sua opinião, os exames de DNA mostram que estão muito próximos. Na C. “Angel Walker” esta característica é muito forte e predomina muito nas gerações seguintes. Este detalhe lhe confere grande valorização.Atualmente se evidencia a predileção por plantas originais e a “Pendentive” não é levada em consideração nos julgamentos. Todavia, os leigos apreciam muito esta planta.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

As muitas C. walkeriana albas/albencens em uma mesma árvore

As muitas C. walkeriana albas/albencens em uma mesma árvore Por:João Vicente dos Reis Wagner Marques Daniel Vieira Dias Sempre se ouviu falar das dificuldades de se encontrar C. walkeriana alba ou albencens em seu habitat. Em nossa região, em aproximadamente 40 anos de cultivo, se conheceu apenas quatro C. walkeriana alba/albencens naturais: albencens Maria Amélia, alba Malheiros (Morel), alba Rosangela, alba Maria Augusta. No ano de 2000, o Sr. Wagner Marques de codinome “Quito”, apareceu sorridente por anunciar a floração de uma C. walkeriana albencens de grande tamanho e forma estrelata, já entoceirada, que recebeu o nome de “Santana”. Ao ser indagado sobre a procedência exata da localização da planta encontrada, o Sr. “Quito” informava que não poderia saber exatamente o lugar, pois ele havia feito um percurso variado numa determinada região, a qual não sabia precisar a real localização. Nesta mesma viagem, o Sr. “Quito” estava acompanhado de outros 4 colegas que moravam na mesma cidade e compartilhavam o mesmo interesse pelas orquídeas. Aproximadamente um ano depois da floração da C. walkeriana albencens “Santana” surgiu uma nova C. walkeriana albencens cuja forma e coloração lembrava parentesco com a “Santana”, a nova planta recebeu o nome de “Dagmar”. O orquidófilo, Sr. Osmando, que apresentou a “Dagmar” estava também na primeira expedição em que encontraram a “Santana”. A partir destas descobertas, um dos orquidófilos da associação, despertou o interesse pelo paradeiro daquelas novas plantas. No entanto, as informações eram sempre contraditórias. Um dos motivos é que realmente os orquidófilos participantes da primeira expedição tinham percorrido uma grande área e infelizmente não sabiam precisar sua localização. Vale a pena ressaltar que as plantas foram coletadas fora da floração, apenas pela característica de apresentarem raízes muito claras. Após ouvir várias opiniões, o Sr. João Vicente, resolveu fazer o mesmo percurso. Logo que anunciou a sua intenção, foi dito que a possibilidade maior de encontrá-las seria a margem direita da rodovia que liga a cidade de Itaúna a Passos. Porém, ao ver realmente sua decisão em prosseguir na viagem, outro colega, disse para investigar a margem esquerda da rodovia. O Sr. João Vicente ao chegar ao provável lugar de encontro das C. walkeriana albas, iniciou o percurso subindo uma serra através de uma trilha existente. Na subida desta trilha existiam várias árvores com “seedlings”, já grandes, de C. walkeriana. Pacientemente foi numerando em etiquetas próprias o número das árvores, dado pela seqüência da subida da trilha, e ao mesmo tempo coletando amostras de “seedlings” , destas árvores. No ano seguinte, uma destas plantas, dada de presente pelo Sr. João ao Sr. Osmando, floriu e ganhou o primeiro lugar das albas/albencens na exposição da Cidade de Itaúna. Esta planta recebeu o nome de “Gustavo Franco”. Ao analisar a etiqueta da planta, o Sr. João, sabia exatamente qual das árvores o tinha privilegiado com a descoberta. Imediatamente voltou a região, sabendo exatamente a árvore que devia ser examinada com cautela. Desta vez voltou acompanhado de dois outros amigos: Sr. Osmando e Sr. Roberto. Foram coletadas ao todo, aproximadamente 60 “seedlings”, alguns poucos floriram tipo. Em torno de 20 plantas floriram albencens/alba. Existem ainda 20 plantas que ainda não floriram, pois foram coletadas ainda muito pequenas. Tudo leva crer que serão como as irmãs, pois apresentam características vegetativas idênticas as já confirmadas pela floração. Estas novas plantas têm sido muito apreciadas nas exposições, algumas delas já receberam os seguintes nomes: “João 02”, “João 03”, “João 05 (Dolly)”, João 28, “A-6 (“Toco Grande”), “A-7”, “A-10”, “Heloisa Vargas”, “Ana Luisa” entre outras. Estas plantas relacionadas e fotodocumentadas, foram polinizadas e algumas delas já se encontram nos vidros para serem aclimatadas em 2005. Em 2005, filhos dessas plantas já estarão disponíveis no Brasil.