sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

As muitas C. walkeriana albas/albencens em uma mesma árvore

As muitas C. walkeriana albas/albencens em uma mesma árvore Por:João Vicente dos Reis Wagner Marques Daniel Vieira Dias Sempre se ouviu falar das dificuldades de se encontrar C. walkeriana alba ou albencens em seu habitat. Em nossa região, em aproximadamente 40 anos de cultivo, se conheceu apenas quatro C. walkeriana alba/albencens naturais: albencens Maria Amélia, alba Malheiros (Morel), alba Rosangela, alba Maria Augusta. No ano de 2000, o Sr. Wagner Marques de codinome “Quito”, apareceu sorridente por anunciar a floração de uma C. walkeriana albencens de grande tamanho e forma estrelata, já entoceirada, que recebeu o nome de “Santana”. Ao ser indagado sobre a procedência exata da localização da planta encontrada, o Sr. “Quito” informava que não poderia saber exatamente o lugar, pois ele havia feito um percurso variado numa determinada região, a qual não sabia precisar a real localização. Nesta mesma viagem, o Sr. “Quito” estava acompanhado de outros 4 colegas que moravam na mesma cidade e compartilhavam o mesmo interesse pelas orquídeas. Aproximadamente um ano depois da floração da C. walkeriana albencens “Santana” surgiu uma nova C. walkeriana albencens cuja forma e coloração lembrava parentesco com a “Santana”, a nova planta recebeu o nome de “Dagmar”. O orquidófilo, Sr. Osmando, que apresentou a “Dagmar” estava também na primeira expedição em que encontraram a “Santana”. A partir destas descobertas, um dos orquidófilos da associação, despertou o interesse pelo paradeiro daquelas novas plantas. No entanto, as informações eram sempre contraditórias. Um dos motivos é que realmente os orquidófilos participantes da primeira expedição tinham percorrido uma grande área e infelizmente não sabiam precisar sua localização. Vale a pena ressaltar que as plantas foram coletadas fora da floração, apenas pela característica de apresentarem raízes muito claras. Após ouvir várias opiniões, o Sr. João Vicente, resolveu fazer o mesmo percurso. Logo que anunciou a sua intenção, foi dito que a possibilidade maior de encontrá-las seria a margem direita da rodovia que liga a cidade de Itaúna a Passos. Porém, ao ver realmente sua decisão em prosseguir na viagem, outro colega, disse para investigar a margem esquerda da rodovia. O Sr. João Vicente ao chegar ao provável lugar de encontro das C. walkeriana albas, iniciou o percurso subindo uma serra através de uma trilha existente. Na subida desta trilha existiam várias árvores com “seedlings”, já grandes, de C. walkeriana. Pacientemente foi numerando em etiquetas próprias o número das árvores, dado pela seqüência da subida da trilha, e ao mesmo tempo coletando amostras de “seedlings” , destas árvores. No ano seguinte, uma destas plantas, dada de presente pelo Sr. João ao Sr. Osmando, floriu e ganhou o primeiro lugar das albas/albencens na exposição da Cidade de Itaúna. Esta planta recebeu o nome de “Gustavo Franco”. Ao analisar a etiqueta da planta, o Sr. João, sabia exatamente qual das árvores o tinha privilegiado com a descoberta. Imediatamente voltou a região, sabendo exatamente a árvore que devia ser examinada com cautela. Desta vez voltou acompanhado de dois outros amigos: Sr. Osmando e Sr. Roberto. Foram coletadas ao todo, aproximadamente 60 “seedlings”, alguns poucos floriram tipo. Em torno de 20 plantas floriram albencens/alba. Existem ainda 20 plantas que ainda não floriram, pois foram coletadas ainda muito pequenas. Tudo leva crer que serão como as irmãs, pois apresentam características vegetativas idênticas as já confirmadas pela floração. Estas novas plantas têm sido muito apreciadas nas exposições, algumas delas já receberam os seguintes nomes: “João 02”, “João 03”, “João 05 (Dolly)”, João 28, “A-6 (“Toco Grande”), “A-7”, “A-10”, “Heloisa Vargas”, “Ana Luisa” entre outras. Estas plantas relacionadas e fotodocumentadas, foram polinizadas e algumas delas já se encontram nos vidros para serem aclimatadas em 2005. Em 2005, filhos dessas plantas já estarão disponíveis no Brasil.