sábado, 28 de fevereiro de 2009

Cattleya walkeriana tipo ‘Guaxupé’

Cattleya walkeriana tipo ‘Guaxupé’ Esta é uma walkeriana clássica e famosa matriz. Dois dos seus cruzamentos mais conhecidos são: (‘Sebastiana’ x ‘Guaxupé) e (‘Dark Paulo’ x ‘Guaxupé’), ambos da Biorchids. A flor além de possuir boa forma, tem substância pesada, textura cintilante e é enorme. Este é o resultado de um cruzamento entre uma alba e uma albescens, a Cattleya walkeriana alba ‘Orchidglade’ e a Cattleya walkeriana albescens ‘Matão’. A grossa coluna e amplo labelo devem ser herança da alba ‘Orchidglade’ que deve ter lá atrás nos seus ascendentes alguma coisinha mínima de Cattleya loddigesii, quem sabe... Não me atirem pedras por favor, mas essas americanas... Seja como for ela é uma walkeriana fantástica e que possui duas irmãs famosas, a semi-alba ‘Guile-Guile’, que eu já mostrei aqui na lista e a tipo ‘Carla’, que possui uma cor ligeiramente rosada e é um dos meus sonhos de consumo. Todas as descendentes da alba ‘Orchidglade’ tem o problema de abortar botão caso na época do amadurecimento deste haja uma mudança brusca no clima ou na temperatura. A ‘Guaxupé’ não é exceção e esta é uma das raras floradas que tive dela. A flor ainda pode melhorar muito e para mostrar isso envio aqui uma foto do site do Antonio Sano com flor desta mesma planta. O cultivo dele provavelmente é melhor que o meu. As Cattleya walkeriana são muito fotogênicas e às vezes uma flor com lindas pétalas redondas e grandes, pode enganar quem faz uma compra por foto. Ao vivo a flor pode ser pequena ou ter pouca substância ou até não possuir brilho algum. Recomendo a quem não quer comprar seedlings, que visite sempre as exposições pois só ao vivo é que se pode avaliar a beleza de uma flor de C. walkeriana. Nem sempre a largura da pétala é o que há de mais belo. Às vezes uma boa armação e um brilho cintilante tornam uma flor estrelada em uma beleza cativante, vejam por exemplo a tão procurada semi-alba ‘Puanani’. A Cattleya walkeriana ‘Guaxupé’ é rara de se ver na Internet, o que ressalta a importância didática destas fotos.
Foto e texto: Carlos Keller