terça-feira, 17 de março de 2015

Catlleya walkeriana semi alba Orlando Mazzetto.


  1. Orquídeas e suas histórias. Blog sobre orquideas, grandes mestres, curiosidades, cultivo, histórias, etc. Catlleya walkeriana semi alba Orlando Mazzetto. sexta-feira, 1 de outubro de 2010. O senhor Waldomiro Conceição, residente na Vila Arens, em Jundiaí, era apaixonado por orquídeas e pescarias. Nas suas andanças estava sempre preparado para pescar ou colher plantas, levando em uma cesta, facão, pequeno serrote, tesoura de poda e o. material de pesca, inclusive a isca preferida pelos peixes, as minhocas. Numa de suas idas ao Rio Pardo, trecho entre Barretos e Colômbia, subindo o rio, pelo lado esquerdo, ao chegar na barra de um dos afluentes, iniciou sua pescaria, apanhando piaus e tubaranas. Depois resolveu seguir, margeando o ribeirão, de menor porte, onde sabia existir dois grandes poços, pois neles sempre fisgava exemplares de maior tamanho. Por um bom espaço de tempo deteve-se no primeiro poço, resolvendo depois, chegar até o segundo onde concluiria a sua pescaria, pois á noite estava preste a chegar. Andando pela margem do ribeirão, não deixava de observar as arvores onde poderia encontrar alguma walkeriana em plena floração. Era inicio do mês de junho. Assustou-se, ao localizar em uma pequena arvore, uma Cattleya walkeriana semi alba, com três flores enriquecidas com labelos de ótima forma e surpreendente colorido. Deixando o material de pesca no solo, munido de um pequeno facão, para limpar ramos de arbustos, foi até a arvore, para com o serrote cortar o galho onde a planta estava alojada. Regressando, escolheu e colocou a planta em local onde a luz incidia mais forte. O galho tinha quase sessenta centímetros de cumprimento, o que daria espaço para que a planta continuasse a se desenvolver. O seu viveiro, de pequeno tamanho, já não comportava mais vasos, por isso sempre vendia os cortes disponíveis. Entre os seus compradores estava o senhor Orlando Mazzetto, que havia alugado uma pequena chácara, para instalar o seu comercio de plantas, e ao qual deu o nome de Sitio Branca de Neve.Com o passar dos anos, adoentado, resolveu dispor de todas as sua plantas. Esta resolução foi comunicada ao senhor Orlando, que de imediato foi até a sua residência. A visita resultou na aquisição de grande parte das plantas, entre elas, a Cattleya walkeriana semi alba. Tempos depois, o senhor Orlando envia esta planta para uma exposição, onde estava presente o orquídófilo Luiz Carlos Setti, de Batatais, que logo demonstrou interesse por esta preciosidade. Mas, nem o endereço do seu proprietário obteve do representante de Jundiaí. Na exposição seguinte, encontro-me com o Setti, que sabendo de minhas constantes idas a Jundiaí para visitar filhos e netos, sugeriu que procurasse o proprietário. Decidindo ir até a propriedade do senhor Orlando, recorri ao amigo e orquídófilo Plínio Lacerda para que informasse o endereço. Logo que atendido, rumei para o Sitio Branca de Neve, local onde ele havia instalado o seu viveiro. O meu interesse não se restringia apenas a walkeriana, mas também,. outras espécies, pois desejava aumentar. Entretanto todas as que me foram oferecidas eu já possuía. Perguntou-me se gostava de walkeriana, em seguida mostrou-me um galho de cerca de um metro de tamanho, com pelo menos umas cinqüenta flores, nenhuma que justificasse a compra. Mas, caminhado pelo viveiro, deparei com o toco onde estava alojada a Cattleya walkeriana semi alba, portando ainda a etiqueta. Fiz uma oferta por seis bulbos traseiros, sendo dois desprovidos de folhas. Aceita a proposta, foi feito o corte. No ano seguinte, ao preparar plantas para uma exposição, resolvi colocar na etiqueta o nome de Cattleya walkeriana semi alba Orlando Mazzetto. Tempos depois, visitando o senhor Orlando, lhe comuniquei esta decisão, esclarecendo que se não estivesse de acordo, o seu nome seria retirado. Demonstrando satisfação, agradeceu-me a homenagem a ele prestada. No momento, ocorreu-me sugerir que a planta fosse reproduzida por meristema ou mesmo, por semente. Est ...