domingo, 14 de junho de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Cattleya walkeriana tipo ‘Guaxupé’
Cattleya walkeriana tipo ‘Guaxupé’
Esta é uma walkeriana clássica e famosa matriz. Dois dos seus cruzamentos mais conhecidos são: (‘Sebastiana’ x ‘Guaxupé) e (‘Dark Paulo’ x ‘Guaxupé’), ambos da Biorchids. A flor além de possuir boa forma, tem substância pesada, textura cintilante e é enorme. Este é o resultado de um cruzamento entre uma alba e uma albescens, a Cattleya walkeriana alba ‘Orchidglade’ e a Cattleya walkeriana albescens ‘Matão’. A grossa coluna e amplo labelo devem ser herança da alba ‘Orchidglade’ que deve ter lá atrás nos seus ascendentes alguma coisinha mínima de Cattleya loddigesii, quem sabe... Não me atirem pedras por favor, mas essas americanas... Seja como for ela é uma walkeriana fantástica e que possui duas irmãs famosas, a semi-alba ‘Guile-Guile’, que eu já mostrei aqui na lista e a tipo ‘Carla’, que possui uma cor ligeiramente rosada e é um dos meus sonhos de consumo. Todas as descendentes da alba ‘Orchidglade’ tem o problema de abortar botão caso na época do amadurecimento deste haja uma mudança brusca no clima ou na temperatura. A ‘Guaxupé’ não é exceção e esta é uma das raras floradas que tive dela. A flor ainda pode melhorar muito e para mostrar isso envio aqui uma foto do site do Antonio Sano com flor desta mesma planta. O cultivo dele provavelmente é melhor que o meu. As Cattleya walkeriana são muito fotogênicas e às vezes uma flor com lindas pétalas redondas e grandes, pode enganar quem faz uma compra por foto. Ao vivo a flor pode ser pequena ou ter pouca substância ou até não possuir brilho algum. Recomendo a quem não quer comprar seedlings, que visite sempre as exposições pois só ao vivo é que se pode avaliar a beleza de uma flor de C. walkeriana. Nem sempre a largura da pétala é o que há de mais belo. Às vezes uma boa armação e um brilho cintilante tornam uma flor estrelada em uma beleza cativante, vejam por exemplo a tão procurada semi-alba ‘Puanani’. A Cattleya walkeriana ‘Guaxupé’ é rara de se ver na Internet, o que ressalta a importância didática destas fotos. terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Cattleya walkeriana coerulea ‘Dona Wilma’
sábado, 31 de janeiro de 2009
Raízes de cattleya walkeriana
NA TEORIA, A PRÁTICA É OUTRA.
Por Massato Ito: Mesmo que não lidemos diretamente com o cultivo visando ao melhoramento da espécie, podemos perceber os erros cometidos por aqueles que o fazem. Exemplo: sem nunca ter "botado a mão na massa" - conheço, através da observação, o processo de semeadura "in vitro", executado por amigos, especialistas (da área biológica, agronômica, etc...), ou por não especialistas, e muitas vezes, os "não especialistas" têm mais "jeito", experiência prática, etc..., conseguindo estes, não raramente, melhor desempenho nessa tarefa(do que os outros) portanto, não bastam conceitos genéticos, transcritos de livros didáticos para elucidar uma realidade que constantemente contradiz dados "científicos". Por exemplo, podemos citar a questão do albinismo nas orquídeas, cuja ocorrência é justificada, quando dois fatores ("c" - substância cromogênica e "r" - enzima reatora), responsáveis pela coloração, aparecem de forma recessiva (ora o "c", ora o "r", ou ambos). Cruzamentos realizados com cattleya nobilior (alba parigi x alba milano), (alba bela vista x alba suzuki), que enfim deram todos 100 % tipo, ou seja, nenhuma alba. (ou as matrizes utilizadas eram falsas albas, só um deles, ou ambos, ou o percentualde albas nasceu e morreu, por serem mais frágeis e não conseguirem sobrepujar as tipo )(natimortas)... A genética chega a oferecer dados percentuais, destacando que se a mãe for pura (homozigota) a probabilidade de a progênie repetir as características é de 100% (?), se for heterozigota, 50%... (por exemplo de descendentes de matriz cerúlea recessiva x cerúlea recessiva, cerúlea plena x cerúlea recessiva, cerúlea plena x cerúlea plena, etc... Reproduziriam, respectivamente os seguintes percentuais: 25%, 50%, 75% e 100%) a realidade, porém é bem outra. Exemplo, walkeriana cerúlea gilda maria x walkeriana cerúlea patrícia (a primeira, f1 de cerúlea e a segunda, planta coletada) segregou 100 % de plantas tipo (nenhuma cerúlea). Patrícia foi descoberta, (retirada enquanto seedling), de uma árvore , semi-morta, pelo sr. Mário arruda mendes, cultivada em orquidário até chegar à fase adulta e florescer. De cerca de 50 seedlings coletados, um único deu floração cerúlea, e dois, plantas quase semi-albas. Gilda maria é resutado de auto-fecundação da cerúlea encontrada no mato, pelo barão de guilany, antigo comerciante de orquídeas e fecundado pelo sr. Evaldo wenzel, por polínea de planta, que descobriu-se mais tarde ser corte da mesma que foi fecundada( portanto, cruzamento self de planta do mato). Já o cruzamento da walkeriana cerúlea abc x cerúlea marimbondo, vendido pelo orquidário de são josé do rio preto, deu 100% de plantas cerúleas. Este mesmo cruzamento, (da abc x marimbondo), feito pelo dr. Gallo, deu 100% de plantas tipo. (observem que foi dito : o mesmo cruzamento) este resultado era óbvio, observando-se a coloração das plantas (bainhas dos brotos e pontas de raízes). Existe ainda aquela questão de se utilizar uma planta como progenitor feminino e a outra, masculino, ou seja, a primeira seria a que é fecundada e a segunda, a que oferece a polínea. Quanto à morfologia da flor, não importa qual seja o progenitor, feminino ou masculino, o resultado é o mesmo. O progenitor feminino, porém, é o único que lega à progênie os cloroplastídeos, que influenciam na fotossíntese, no desenvolvimento da planta (crescimento). Detalhe curioso: muitos reclamam: ah, " ele " não fez todo o sequenciamento genético e baseado em sequenciamento parcial, quer mudar toda uma classificação..." em alguns casos, por exemplo, no caso das dolosas, quando o progenitor feminino é a loddigesii, pelos cloroplastos que é legado da mãe à prole, já dá para saber com certeza de 99,99%, que a planta analisada é híbrida. Agora, mudando o foco para os genes que determinam a forma: a regra é utilizarem-se sempre matrizes de boa forma, pétalas largas, sépalas, idem, labelo estendido, triangulação equilátera, segmentos proporcionais, perfil plano, etc...etc... Às vezes ocorre no cruzamento,o efeito gênico da sobredominância , ou seja, a característica pretendida pelo cruzamento vai além das apresentadas pelas matrizes (muito melhor ou muito pior). Quando este efeito ocorre - um exemplo - atribui-se à walkeriana cerúlea patrícia, a pecha de "boa mãe", pois embora ela dificilmente legue a coloração cerúlea a seus descendentes, todos os cruzamentos de patrícia deram plantas de forma excepcional (que supera a da matriz). Outro exemplo desse efeito, foi o cruzamento da walkeriana tipo "fett" (de flor gigantesca), x walkeriana tipo "faceira" (estas de pétalas abertas), ambas de forma nada excepcional, diria, até comum. Porém... Como resultado, obtiveram-se as melhores plantas tipo (na forma), de que se tem notícia...(entre elas, a conhecida como "boss".) Mais um exemplo, vindo da brazil orchids, de cruzamentos efetuados com walkerianas vinicolores, a partir de três matrizes: 1o. Vinicolor "marden" (a de melhor forma, embora de tamanho pequeno, tem pétalas bastante largas, longas, assim como ótimas sépalas e labelo de istmo largo). 2o. Vinicolor "felipe"(forma um pouco inferior à marden, porém maior em tamanho, pétalas boas e sépalas razoáveis. 3o. Vinicolor "isadora"(de forma, aparentemente a mais feia, ou menos bonita das três, de pétalas torcidas (inclinadas para trás). Foram realizados cruzamentos da marden x felipe, marden x isadora e isadora x felipe (posso estar enganado, só tenho certeza quanto aos dois primeiros cruzamentos). Obviamente, se pudesse comprar seedlings desses cruzamentos (caríssimos, segundo consta, nas mão desses meninos )(r-s-r-s!!!) Qualquer um apostaria no primeiro cruzamento (das duas matrizes de melhor forma). No entretanto, daquele cruzamento do qual nada se esperava, ou que se esperava tudo de pior, sairam as melhores plantas!!!(entre elas a vinicolor "denise cavasini" (creio que premiada na exposição de belo horizonte. Embora a genética explique, eu custo a acreditar (prefiro crer que tenha havido troca de etiquetas, etc...)(enfim,tudo é possível), mas sabe-se que a regra é que plantas boas produzam flores boas. Não fosse assim, as matas estariam repletas de flores de boa forma, já que o polinizador(abelha, mariposa, mosca), não escolhe forma, faz tudo de maneira totalmente aleatória. Quanto aos cruzamentos inter-genéricos, não interessam à discussão. (não misturemos alhos com bugalhos). As pétalas mais largas, mais estreitas, maiores, ou menores, redondas ou alongadas nada têm a ver com a ploidia da planta. Trata-se meramente de característica morfológica, peculiaridade individual, não tendo nenhuma relação com a diploidia, triploidia, ou poliploidia. Acho que isso tem a ver mais com a substância, espessura maior dos segmentos, pétalos e sépalos. Podemos até estar enganados, mas quando vemos uma walkeriana de pétalas muito espessas, que encontra dificuldade até em ficar espalmada, e cujo labelo não consegue atingir ângulo de 160º, dizemos logo que a planta é tetraploide...(sem que a contagem dos cromossomos tenha sido feita). Saudações walkerianeiras.















